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E O TEATRO, O QUE PODE ESPERAR AGORA?












Posse da ministra

Em solenidade, ministra Ana de Hollanda recebe o cargo do ex-ministro Juca Ferreira

Artistas, autoridades, servidores e profissionais da cultura se reuniram, nesta segunda-feira (03), para assistir à cerimônia de transmissão de cargo do ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, para a nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Os dois se encontraram no gabinete do Ministro, no Ministério da Cultura, de onde seguiram para a solenidade.

O evento contou com a participação de diversos artistas que apresentaram várias manifestações culturais no Auditório do Museu da República, como o grupo Seu Estrelo e o Fuá do Sertão, que desfilou com o boneco Calango Voador para saudar a chegada da ministra. A bateria da escola de samba Aruc e o grupo Bumba Meu Boi também se apresentaram, bem como o rapperGog e a cantora Renata Jambeiro, que encerraram a cerimônia com um pequeno show que animou os convidados.

Estiveram presentes o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a ministra da Igualdade Social, Luiza Bairros, e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República, Maria do Rosário Nunes. O presidente da Fundação Casa de Cultura Rui Barbosa, Jose Almino de Alencar, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, os deputados Luiz Alberto e Paulo Teixeira e os senadores Cristovão Buarque e Eduardo Suplicy também assistiram a cerimônia, acompanhada, ainda, pelos embaixadores de Portugal, de Moçambique, da Inglaterra e da Dinamarca, além de artistas como a cantora Sandra de Sá e a cineasta Tizuka Yamazaki.

O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, agradeceu ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro da pasta, Gilberto Gil, pelo apoio e declarou estar realizado com o trabalho desenvolvido nesses últimos oito anos. “Despeço-me do Ministério com a certeza de dever cumprido. Sei que muito ainda deve ser feito para a cultura do país. Por isso não me considero satisfeito, mas realizado”.

O ex-ministro fez questão de salientar que o trabalho de todos possibilitou o que chamou de uma obra coletiva. “Fomos além dos deveres e das obrigações. Nesses oito anos, nós, dirigentes e servidores, nos dedicamos de corpo e alma a fazer de um ministério inexpressivo, como o que pegamos dos governos anteriores, um poderoso instrumento de apoio aos artistas e às políticas culturais”.

Emocionado, ele se despediu do cargo e afirmou que está à disposição para ajudar no que o Ministério e a ministra possam precisar. “Desejo muito boa sorte e sucesso ao novo governo que agora começa e à ministra, e me coloco disposto a colaborar com tudo que estiver ao meu alcance para que conquistemos o Brasil que queremos”.

Para a ministra Ana de Hollanda, o governo deixou uma importante herança que não pode e não deve ser desconsiderada. “O que recebemos hoje aqui é um legado positivo de avanços democráticos. É uma herança de um governo que se compenetrou de sua missão de fomentador, incentivador, financiador e indutor do processo de desenvolvimento cultural do país”.

Por conta disso, a ministra frisou que dará continuidade a projetos que já existem e que foram e são importantes para o fomento da cultura no país. “É claro que vamos dar continuidade a iniciativas como os Pontos de Cultura, programas e projetos do Mais Cultura, intervenções culturais e urbanísticas já aprovadas ou em andamento”.

Ana de Hollanda também ressaltou que pretende trazer novas possibilidades para o Ministério. “Quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Esse será um dos nortes da nossa atuação no Ministério da Cultura: continuar e avançar”.

A ministra ainda aproveitou a ocasião para pedir aos deputados e senadores presentes apoio para aprovação do Vale Cultura, programa de cultura do trabalhador que visa fomentar a economia da cultura no país, ainda em tramitação do Congresso Nacional. Ela revelou que aumentar o acesso à cultura será prioridade em sua gestão. “O que nós queremos e precisamos fazer é o casamento da ascensão social e da ascensão cultural, para acabar com a fome de cultura que ainda existe em nosso país”.

A ministra

Ana de Hollanda nasceu em uma família de intelectuais e artistas, é filha do casal Sérgio Buarque de Hollanda – um dos mais importantes historiadores brasileiros – e da pianista Maria Amélia Alvim. Aos 62 anos, é cantora, compositora e gestora cultural.

De 1983 a 1985, chefiou o setor musical do Centro Cultural de São Paulo. Entre os anos de 1986 a 1988, foi secretária de Cultura do município de Osasco, na gestão Humberto Parro (PMDB). De 2003 a 2007, dirigiu o Centro de Música da Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura (Funarte/MinC). Nos últimos três anos, foi vice-presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro.

Veja vídeo da cerimônia de posse

FONTE:http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/04/posse-da-ministra/

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